quarta-feira, 8 de agosto de 2007

ÁFRICA ATUALMENTE

A África hoje? Você já pode imaginar que diante do seu passado histórico, a África sobrevive ao total abandono.Vamos aos números!AIDS: Nove em cada dez portadores do HIV no mundo são africanos. A doença já atingiu 34 milhões de pessoas, das quais 11,5 milhões morreram. GUERRAS: Mais de 20 países africanos estão envolvidos em conflitos armados, com alguns se arrastando há décadas, como em Angola. As disputas armadas pelo poder levaram à desintegração da Somália, que voltou ao estágio pré-colonial em que era governada por chefes locais. SUBDESENVOLVIMENTO: Dos 174 países cujo IDH foi medido pela ONU, a África não tem nenhum entre os 45 do grupo mais desenvolvido. Entre os 94 de índice médio, apenas 12 são africanos. Por outro lado, no grupo dos 35 menos desenvolvidos, 29 pertencem ao continente. REFUGIADOS: São 6,3 milhões no continente, correspondendo a um terço do total mundial, para uma região que abriga apenas 13% da população do planeta. FUGA DE CÉREBROS: Mais de 260 mil profissionais qualificados africanos trabalham nos Estados Unidos e na Europa. Os números acima são Alarmantes. Não concordam?Estes números, aliados a sua própria história, apontam para uma África desigual.Conheça os conflitos actuais do Continente Africanos CONFLITOS Os conflitos actuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito frequentes na África Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século, estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação face a poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia maioritária. © 1997-2000 Microsoft Corporation. All Rights Reserved Algumas dessas guerras tem ultrapassado todos os limites de crueldade, como a que se verifica em Ruanda e Burundi, opondo as etnias tutsi e tutu. Em 1994, a guerra em Ruanda já tinha provocado 4 milhões de refugiados, metade da população do país, e milhões de mortos. Os hutus são maioria da população, mas são os tutsis que dominam a vida política e econômica destes países desde que os antigos colonialistas belgas promoveram representantes deste etnia a postos de mando administrativo. Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que dilacerou completamente o país. Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e produziu cerca de 700 mil refugiados. Cifra semelhante pode ser verificada na vizinha Serra Leoa. A situação não é muito diferente em países como o Chade ou Sudão. Enfim, são vários e vários conflitos sem perspectivas imediatas de pacificação. Acordos e negociações têm sido tentados, mas sem muito sucesso. Talvez Angola possa se transformar numa exceção, face a mais uma tentativa de paz (a última?) acordada entre o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), no governo, e o seu arquirival, a União Total para a Libertação de Angola (UNITA), organização que durante muitos anos recebeu apoio dos EUA e do criminoso regime do appartheid sul-africano.Já Pensou?Se você disse que sim, que nada nos afecta... Você está equivocado!Os Problemas da África nos afeta e muito.Veja porquê!PROBLEMAS DA ÁFRICA, PROBLEMAS DO MUNDO exceção da saliência das questões étnicas, grande parte dos problemas que afectam a África são também comuns a maioria dos países do chamado "Terceiro Mundo" - Emergentes. São problemas com raízes estruturais que só serão resolvidos no marco de uma nova ordem internacional capaz de eliminar as contradições entre o mundo econômica e tecnologicamente desenvolvido e o mundo subdesenvolvido e marginalizado, condenado a esta situação pelo próprio processo histórico de dominação política e pilhagem econômica do primeiro.A internacionalização das atividades econômicas, tecnológica e políticas de um lado, e a particularização cada vez maior das questões sociais por outro, constitui a principal contradição da realidade mundial deste final de século. Seu ponto principal está, sem dúvida, na repartição desigual das riquezas criadas e acumuladas a nível global. Democratizar essa repartição - requisito número um para uma tentativa séria de resolução dos problemas globais - exige uma total restruturação da actual ordem política e econômica internacional, coisa que o actual modelo neoliberal mundializado e seu Deus mercado não querem nem ouvir falar.